Conforme explica o senhor Aldo Vendramin, a fiscalização no trânsito é um dos principais instrumentos para garantir segurança nas vias, e os radares de velocidade exercem papel central nesse controle. No entanto, uma prática cada vez mais comum é a instalação de radares falsos — estruturas que simulam equipamentos de fiscalização, mas que, na verdade, não possuem tecnologia ativa para registrar infrações.
Vamos explorar aqui as principais diferenças entre radares falsos e ativos, quais truques são utilizados para inibir o excesso de velocidade e o que realmente funciona na prática.
Como identificar um radar falso?
Os radares falsos geralmente possuem caixas semelhantes aos equipamentos reais, mas sem os sensores, câmeras ou sinais luminosos típicos dos dispositivos ativos. Eles são instalados de forma estratégica, em locais de alta velocidade ou com histórico de acidentes, e sua função é puramente intimidatória. Como destaca Aldo Vendramin, alguns desses radares nem sequer estão ligados à rede elétrica ou possuem fiação conectada a sistemas de monitoramento.

Apesar de visualmente parecidos com os verdadeiros, a ausência de placas de sinalização indicando a presença de fiscalização eletrônica já pode ser um indício de que se trata de um radar inoperante. Outra pista é a falta de manutenção: caixas sujas, enferrujadas ou com aparência de abandono tendem a indicar que o equipamento está desativado. Contudo, nem sempre esses sinais são conclusivos, o que torna difícil para o motorista saber com certeza.
Radares falsos realmente funcionam como inibidores?
De acordo com Aldo Vendramin, a presença de um radar, mesmo falso, pode provocar a redução da velocidade por parte dos motoristas — especialmente quando não é possível distinguir se o equipamento está ativo ou não. O fator psicológico entra em cena, levando o condutor a adotar uma postura mais cautelosa por medo de ser multado. Nesse sentido, radares falsos podem sim funcionar como mecanismo de inibição, ao menos temporariamente.
Contudo, especialistas apontam que a eficácia desse tipo de fiscalização simbólica tende a diminuir com o tempo, especialmente em vias rotineiras. Motoristas que trafegam frequentemente por um mesmo trecho aprende a identificar os radares falsos, o que reduz o impacto da estratégia. Para que a fiscalização funcione de fato, é necessário aliar educação para o trânsito, presença efetiva de radares ativos e sinalização adequada.
Quais são as características dos radares ativos e como eles operam?
Radares ativos contam com sensores instalados no solo ou por sistemas de leitura óptica que identificam a velocidade dos veículos. Eles estão conectados a centrais de monitoramento e geralmente acompanham câmeras que registram o momento da infração. Esses equipamentos operam de forma contínua e automática, sendo capazes de emitir multas de maneira instantânea ao detectar o descumprimento da velocidade permitida.
Além disso, como aponta o empresário Aldo Vendramin, radares ativos costumam ser precedidos por placas de sinalização obrigatórias, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro. Essas placas informam ao condutor a velocidade máxima permitida e a presença de fiscalização eletrônica. Em muitos casos, os radares ativos também contam com flashes que disparam ao capturar a imagem de uma infração, o que os torna ainda mais fáceis de identificar quando em funcionamento.
Em resumo, entender a diferença entre radares falsos e ativos é fundamental para que o condutor saiba o que esperar da fiscalização e mantenha a atenção nas normas de trânsito. Embora os radares falsos possam ter efeito psicológico momentâneo, apenas os dispositivos ativos garantem uma fiscalização eficiente e confiável. No fim das contas, segundo Aldo Vendramin, dirigir com prudência continua sendo a melhor forma de evitar multas — e, mais importante, preservar vidas.
Autor: Leonid Stepanov