O que significa emancipar um campus universitário? Câmara debate mudança em MG

Katy Meira
Katy Meira

Audiência pública foi pedida por Nikolas Ferreira, deputado federal por Minas Gerais e presidente da Comissão de Educação da Câmara

A Comissão de Educação da Câmara debate, nesta terça-feira (2), a emancipação de um campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFJVM).

A UFJVM possui campus em quatro municípios: Diamantina, Janaúba, Unaí e Teófilo Otoni. A unidade alvo da discussão é a que fica na última cidade, no Vale do Mucuri.

O campus do Mucuri, como é conhecido, está a cerca de 430 quilômetros da sede administrativa da UFJVM, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha.

“A emancipação do campus de Mucuri poderá contribuir significativamente para a promoção do acesso ao ensino superior na região”, defende o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Nikolas é o autor do requerimento que pedia o debate no âmbito da comissão, presidida por ele desde o início do ano.

O que significa emancipar um campus universitário?
Emancipar o campus do Mucuri da UFJVM significaria criar uma nova universidade federal no norte de Minas Gerais.

Hoje, o campus do Mucuri se submete ao que é emanado da sede administrativa, em Diamantina.

Assim, uma vez emancipada, a nova universidade federal teria a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial prevista na Constituição.

A comunidade acadêmica da nova universidade federal também poderia celebrar a eleição para a escolha de um reitor para comandá-la diretamente de Teófilo Otoni, e não mais de Diamantina.

Argumento pela emancipação
No requerimento pela discussão, Nikolas destacou o “papel fundamental” do campus Mucuri “no desenvolvimento educacional, científico e socioeconômico da região”.

“A emancipação do campus de Mucuri é uma demanda antiga e legítima da comunidade acadêmica, estudantil e dos moradores locais”, afirmou.

A emancipação, segundo ele, concederia “maior autonomia administrativa e financeira ao campus”, facilitando a adequação da unidade “às necessidades específicas da região”.

A expansão da estrutura física, além de atender às necessidades atuais da comunidade acadêmica, pressupõe o aumento do número de cursos ofertados, tanto em nível de graduação como pós-graduação.

Quem estará presente?
Foram convidados para a discussão:

Daniel Sucupira (PT), prefeito de Teófilo Otoni (presença ainda a confirmar);
Heron Laiber Bonadiman, reitor da UFVJM;
Leonel de Oliveira Pinheiro, professor do Departamento de Administração da UFVJM;
Renato Freitas Martins, vice-presidente do Sindicato do Comércio de Teófilo Otoni e Região (Sindcomércio Teófilo Otoni e Região);
Ricardo Mendes Pena Filho, estudante de Medicina na UFVJM;
Tania Mara Francisco, diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior do Ministério da Educação;
Ugleno (PL), vereador de Teófilo Otoni.
O debate sobre a possibilidade emancipação do campus da UFJVM ocorrerá às 15h30 (horário de Brasília) e contará com transmissão da Câmara dos Deputados em seu canal no YouTube.

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